Mai
18
Seg
O Galo de Barcelos[:] @ Museu de Olaria
Mai 18 2020@10:00 am_Dez 31 2025@5:30 pm
[:pt]O Galo de Barcelos[:] @ Museu de Olaria

Galo
A representação de animais produzida a partir da argila é secular, se não milenar… As formas e as cores foram variando. A colocação de acessórios revelou-lhe distintas funções: o assobio transformou-a em brinquedo, os orifícios em paliteiro.
É comum confundir-se o galo de barro com o da Lenda do Galo! A lenda é uma história contada em vários locais, usualmente associados ao caminho de peregrinação a Santiago de Compostela. O de barro é uma das figuras mais produzidas no concelho de Barcelos, como o atestou Rocha Peixoto, nos finais do século XIX, provavelmente fruto da simbologia que lhe está associada, enquanto anunciante do nascer do sol, da luz, de um novo dia… Terá sido por isso que António Ferro o usou, durante o Estado Novo, como símbolo de Portugal, ícone do artesanato… Propaganda, portanto!
A configuração que hoje é reconhecida terá surgido por volta de 1955, num cartaz promocional das Festas das Cruzes da autoria do pintor Manuel Gonçalves Torres. O fundo preto e os corações vermelhos generalizaram-se!
A atividade turística internacionalizou-o, os barcelenses enraizaram-no!

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Mar
18
Sáb
Fé e Folia em Barro @ Rua Conégo Joaquim Gaiolas
Mar 18 2023_Jan 21 2024 todo o dia
[:pt]Fé e Folia em Barro @ Rua Conégo Joaquim Gaiolas

As criações dos barristas de Barcelos sempre representaram temas do quotidiano: o trabalho, os animais, a religião e as festas. Fé e Folia em Barro mostra-nos como a Religião e a Festa foram e são representados, como evoluíram os olhares e as formas do Figurado de Barcelos.

Inicialmente fizeram-se figurinhas, de pequenas dimensões, produzidas particularmente para os mais pequenos, às quais lhes adicionavam assobios e orifícios. As primeiras enquadram-se na função lúdica, sendo oferecidas/ vendidas como brinquedo; as segundas, o povo inventivo e engenhoso conferiu-lhe uma função prática, a de paliteiro.

Os modeladores e pintores eram mulheres e crianças e só a crescente procura em feiras e festas, fez com que o homem, artífice de louça utilitária, começasse também a contribuir para o processo de fabrico. Assim, utilizando a roda de oleiro, mas também moldes entre outras tecnologias à disposição, o figurado começou uma nova etapa. Mantendo orifícios e/ou assobios, começaram a surgir peças de maiores dimensões feitas no torno, como galos, gigantones, cabeçudos, bonecas… Ao mesmo tempo surge uma policromia mais rica, um brilho característico conferido pelo vidrado, e pelas novas tintas utilizadas.

As transformações apareciam em catadupa e o reconhecimento de mestres das Belas Artes do Porto, de onde se destacou o pintor António Quadros, viria a colocar na história da Arte Popular nomes como Ana Baraça, Rosa “Ramalho”, Rosa Côta, Teresa Carumas, entre outros… As dimensões das peças aumentaram e os acessórios foram-se perdendo.

O conhecimento ancestral transmitido por laços de sangue e afetivos, e do mundo que os rodeava, lançou as bases para as gerações que lhes sucederam, um legado que se materializa em peças que hoje podemos ver em exposição, todas pertencentes ao acervo do museu.

Fé e folia em Barro, revela produções de barristas e ceramistas de Barcelos, uns herdeiros da primeira geração reconhecida, outros apresentando a sua arte, como se um código genético lhes corresse nas veias. A fé e a folia sempre andaram de mãos dadas no Minho, como nesta exposição; caminhe por entre santos e diabos, alegria e folia, fé e devoção.

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Mai
6
Sáb
Com Barro – Oficinas 2023 @ Rua Conego Joaquim Gaiolas
Mai 6_Dez 17 todo o dia

Inscrições esgotadas

Jul
1
Sáb
Carlos Barroco e o artesanato português
Jul 1_Out 1 todo o dia

Carlos Barroco (Lisboa, 1946-2015) foi uma figura multifacetada e com vários interesses, ficando sobretudo conhecido enquanto artista plástico e galerista. Em 1985 fundou a galeria Novo Século, que lhe permitiu dedicar-se profissionalmente ao que realmente lhe interessava: a expressão artística nas suas múltiplas vertentes, da arte popular à contemporânea, do trabalho manual à produção industrial.

Nesta exposição, que é também uma homenagem à vida e obra de Carlos Barroco, procuramos destacar a relevância do seu contributo para o campo do artesanato português, salientando a validade da sua abordagem e perspetiva. Damos a ver uma parte significativa da sua coleção de figurado de barro, a par de um pequeno conjunto de obras por si produzidas – onde se detetam claras referências à arte popular – e de alguma documentação visual que realizou durante as visitas que fazia aos artesãos. A sua dedicação ao artesanato português resultou, para além da constituição de uma coleção composta sobretudo por figurado de barro, num conjunto de textos, exposições, fotografias e vídeos que hoje constituem valiosos documentos textuais e visuais sobre esta área.